
A beleza dos Detalhes
Concisão. Esta é uma das coisas que alguns amigos mais me cobram no dia-a-dia. Entendo. Sei que com a vida atribulada que eles levam não têm tempo ou paciência suficiente para ouvirem histórias que, para eles, devem beirar a prolixidade. Mas a vida é prolixa mesmo. Demasiada, abundante. Como falar então do perfume das flores se nem todas elas são rosas? São orquídeas, jasmins, hortências, lírios e gérberas... Como descrevê-las sem falar seus formatos e cores?
A vida não é objetiva. Traz novos caminhos a cada dia. Por que então seguir um só? Como falar das canções somente atendo-me à sonoridade? Como decifrar as cores musicais sem que haja a observação de seus detalhes?
Abundância. A vida nos traz. Os detalhes fazem parte dela e nos cabe, deixá-la enfadonha ou não. A infelicidade está na brevidade. Na falta de uma história repleta, recheada de minúcias. São os pormenores que nos fazem diferentes. A objetividade nos confunde mais do que nos constroem as particularidades. A concisão faz com que a vida passe rápido. Veja! Um bom perfume é composto por várias notas. Cítricas, amadeiradas... Enfim, um desenho particular que faz com que se perpetue no nosso inconsciente. A vida tem que ser assim. Nem todos os olhares são olho no olho. Nem tudo tem que ser preto no branco. Afinal, o próprio branco pode ser pérola, gelo ou marfim.
Ressalte-se! Destaque a beleza dos detalhes da sua vida.
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