13.8.08

Fala sério Galvão!


Fala sério Galvão!!!


Eram quase duas da madruga quando, com o sono ainda leve, ouvia, vindo da TV ligada, um nome que, insistentemente, era repetido pelo inconfundível Galvão Bueno: Michael Phelps, Michael Phelps, Michael Pheeeeeeeelps e por aí o Galvão, aquele mesmo do “Rrrrrrrrrrrrrrronaldinho” e “Sai que é tua Taffarel” ia lançando sobre o silêncio e a penunbra do meu quarto. Era uma das finais já previsíveis da natação: 200 metros borboleta. E lá estava o homem-peixe. Um pouco antes de dormir assistia a uma reportagem com um fisiologista que demonstrava como o nadador era privilegiado por suas características físicas. A medida entre uma mão e outra com os braços abertos na altura do peito é maior que a sua altura, fazendo com que durante a remada ele puxe mais água que os outros atletas. Tronco mais comprido que o normal, pernas mais curtas que reduzem o atrito com a água e um pezinho tamanho 46 que funciona como nadadeiras por ser mais flexível que os dos outros pobres mortais.

Predisposição e muita dedicação também, com certeza. E um nome gostoso para gritar de madrugada: Michael Pheeeeeeelps. O cara estava concorrendo à sua quarta medalha nesta olimpíada. O maior atleta olímpico de todos os tempos. O cara, realmente, para a felicidade do Galvão que quer pregar o rótulo em alguém, é um fenômeno. O Bueno tá louco pra colocar outro fenômeno por nossa goela abaixo. Depois que o “Rrrrrrrrrronaldinho” foi pego com a boca na botija dos travestis. Ou foram os travestis com a boca na botija dele? Não lembro. Depois desse caso, ele (Galvão) ficou meio sem referência. Então, o X-Man das piscinas, participando com toda a pompa de uma olimpíada é um prato cheio. Justos méritos para o norte-americano Phelps. Mas um detalhe me chamou bastante atenção durante a transmissão desta prova narrada pela voz padrão do esporte da nossa amada Rede Globo: Havia um atleta brasileiro na mesma prova. Sério! Caio Márcio de Almeida. Paraibano da capital do estado, o rapaz é um dos expoentes do esporte nacional. Treina lá no bairro de Miramar na própria João Pessoa, no Esporte Clube Cabo Branco. Um dos poucos clubes que conseguiram continuar funcionando com o passar dos tempos. Mas o Galvão não tem a obrigação de saber desses detalhes. Eu sei por que sou lá de João Pessoa. Mas o nosso querido locutor/narrador parecia também nem saber que o Caio Márcio estava ali, dividindo a mesma piscina com o ultra campeão Michael Pheeeelps. Um na quarta e o outro na sétima raia. Pertinho. Mas mesmo com uma touca verde e amarela e um macacão prateado o Caio passou despercebido por nosso amigo. Que ainda fez o “favor” de mencionar seu nome durante a prova foi o comentarista: Gustavo Borges. E lá foi o Phelps. O cara nada muito mesmo. Mais uma medalha de ouro no peito. Caio Márcio ficou em sétimo lugar e bateu novamente o recorde sul-americano, que já era dele. Mas ninguém nem comentou.

Fiquei feliz por ele e pelo Phelps também. Afinal, que vença o melhor.
O Galvão Bueno então... Ficou em êxtase. E, depois de gritar por vários minutos o nome de Pheeeeeeeeeeeeeelps, encerrou a transmissão com o slogan da emissora para as olimpíadas 2008: “Globo, o nosso esporte é torcer pelo Brasil”. Fala sério!

2 Comentários:

Anonymous Anônimo disse...

o galvão é realmente um pé no saco!!!!!!!!!!!
cara chato, q quer sempre pôr na cabeça do telespectador brasileiro seus própios gostos pessoais.
J., muito legal o teu comentário. com certeza o caio márcio só foi preterido mesmo pelo agitador galvão, provavelmente nas outras redes ele teve o mérito q merece.
Zina

quarta-feira, 13 agosto, 2008

 
Anonymous Anônimo disse...

Eita Galvão.
Fala sério...
Vamos valorizar e ao menos torcer pelo Brasil também.
Pode até não ganhar, mas Brasileiro não desiste nunca...

Marina Habibe

quarta-feira, 13 agosto, 2008

 

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